O Dia D, eis a questão

Parto normal ou cesariana? Seja qual for a escolha, o tema deve render horas de conversa com o obstetra. E não poderia ser diferente, a decisão exige mesmo muita cautela.

Crédito: The Evening Post

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2010, as cesarianas representavam 52 por cento dos partos realizados no Brasil. Esse número é considerado alto, já que para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice não deveria ultrapassar 15 por cento.

O dado é alarmante e merece reflexão, pois para os especialistas, toda mulher saudável e bem orientada no pré-natal,  pode sim optar pelo parto normal sem medo de ser feliz.

O nascimento natural traz inúmeros benefícios para a mãe e o bebê. Todo o processo do parto, as dores, as contrações, preparam o corpo e a mente da mulher para a chegada do filho. A recuperação da mãe e o aleitamento são rápidos, e a perda de peso também.


Mesmo com tantos pontos positivos, nem todas as mulheres podem ou querem viver essa experiência.Algumas grávidas precisam realizar a cesariana por uma questão de saúde.Outras optam em fazê-la pela comodidade de marcar data e hora.

Porém, na realidade, a cesárea é um procedimento cirúrgico indicado quando há riscos para a grávida e o bebê. Casos de apresentação pélvica(quando o bebê está sentado),mãe diabética ou hipertensa,
bebê transverso(atravessado), sofrimento fetal, hemorragias no final da gestação, entre outras complicações, exigem a cesariana.

Às candidatas e adeptas do procedimento , nada de culpa. No parto cirúrgico a mãe também tem contato com o bebê logo que ele nasce, pode vê-lo, tocá-lo. E o futuro papai pode participar e acompanhar tudo de pertinho. Algumas maternidades permitem até que o casal leve um CD de música para tocar durante a cirurgia.

Na hora de decidir, não há certo e errado, cada gestante tem sua história de vida. Não cabe frustração,
tampouco culpa, o parto ideal é, sem dúvida, aquele que não oferece riscos para o bebê nem para a mãe.